Balança manequeista

Na corda bamba onde nasce o universo

Equilibram-se os pratos da balança

Sob a cabeça do ser híbrido

Metade sagrado, metade profano.

Libra dançou

E o dia virou noite.

Libra moveu-se

E o caos tornou-se ordem.

Vociferou perante o breu

E estrelas cadentes cortaram os céus

Sob o encanto da chuva estelar

Os pratos de libra penderam para o lado.

Ressoou a harmônica sinfonia celeste

E os astros caíram no profundo sono

Onde o cintilar cessava ao inspirar

Onde brilharam intensamente ao expirar.

E pela eterna imensidão galática

Vagueia, em forma de constelação,

Equilibrando a ordem e o caos à procura do centro

Até o ultimato da sua existência antagônica.