SE EU PUDESSE





Inundam-me

nas noites silenciosas,

as espadas do mundo,

como se frágeis espinhos

vencessem  as rosas.

 

Inundam-me

os cânticos perdidos de suas asas,

as vozes abafadas das fadas

que pedem a paz, somente a paz.

Aquela  paz que um dia

nos foi destinada.

 

Inundam-me

as pálpebras desertas de sentido,

quando as lágrimas na noite

borram os olhos

porque para elas, já  não há ouvidos.

 

Ah, se eu pudesse, de qualquer forma

resgatar diariamente,
essa luz que  sempre retorna

quando o amor está presente,

e mantê-la eternamente

na vida de todo ser

como alva rosa a iluminar

o espelho de cada olhar

para que à luz de si  mesmo
possa se ver


... e para que, nessa luz,
possa viver.

 

 

 

 

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 17/01/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T820364
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