A Serenidade não precisa de autorização

 

 

No tempo onde o ser se oculta

Sinapses tecem seus veios

O caos se torna maestro

E a mente em paz toma assento

 

Os sábios guardam segredos

Do ego que cessa o embate

Aceitam o fluxo eterno

Da vida em seus paradoxos

 

Em trilhas do lobo antigo

Os nervos reluzem sendas

O córtex sustenta o barco

Que avança em mares serenos

 

Recuo é força submissa

Ao todo que envolve o instante

Não curva o destino à espada

Mas dança no eco dos ventos

 

Silêncio contém o clamor

Que o mundo insiste em erguer

Aquele que escuta o nada

Encontra em si próprio o templo

 

Deus sussurra em cada sinapse

Da entrega se forja o ouro

Aceitar não é rendição

É ser no presente absoluto

 

Decimar da Silveira Biagini

Poema metafísico

21 de novembro de 2024

Para leitor entender a pegada poética acima:

1 - Meditações" de Marco Aurélio – Reflexões do imperador estoico sobre como manter a serenidade diante das adversidades.

2 - O Caminho do Zen" de Alan Watts – Explora a aceitação do fluxo da vida como prática espiritual.

3 - O Poder do Agora" de Eckhart Tolle – Enfatiza o viver no presente como forma de transcender a reatividade.

4 - Tao Te Ching" de Laozi – A sabedoria do não-forçar e da fluidez diante das mudanças externas.

5 - A Mente Serenada" de Matthieu Ricard – Combina ciência e espiritualidade para explicar como cultivar equanimidade.