ALMA DE POETA
Fora de mim, bem distante,
Minha alma vagueia...
Poética, notívaga, errante,
Cúmplice da lua cheia.
Minha alma não quer saber,
Da engavetada realidade,
Voeja... deseja se envolver,
Com a sidérea imensidade.
De vez em quando, acontece,
Dela sai por aí, sob o efeito
Da transcendência, resplandece
No panorama perfeito.
Minha alma ignora,
Os limites da humana condição,
O olhar que a monitora,
Não pode, no pode, não...
Por isso, uma inquietude
Eólica, se manifesta,
Ela ganha altitude,
Faz da noite, uma festa.
Alma de poeta é assim,
Diz sim, para o (uni)verso plural,
Mas, sempre volta para mim,
...Até o ponto final?