Inexpresso
Não sou existível, vivível, otimista, tampouco compreensível.
Meu deleite se dá quando, aterrorizada e confusa em meus próprios pensamentos,
encontro uma fuga momentânea,
tão breve quanto uma flor que não é regada, tocada ou apreciada.
É na renúncia que me encontro—
renegada a mim mesma,
em um vir-a-ser do que não sei ser.
Dispersa, mas desperta, teço as linhas,
e logo esqueço novamente.
Existir deve ser bom.