Reflexos do infinito

Nos campos deslumbrados,

Flores encantadas a brilhar,

Deitada no verde iluminado,

Contemplo o céu a se pintar.

Diante de mim, um espelho,

Vejo-te ali, no meio,

Chamando-me em segredo,

Toco o reflexo, sinto o coração,

Caio suavemente na ilusão.

Entro num mundo sem nome,

Onde não há pronome.

Tu me levas a terras mágicas,

Minha alma, ali, estática.

A neve toca a vidraça,

O som suave se entrelaça,

Como um beijo leve e manso,

Na janela dança, em balanço.

Estou dentro de um sonho,

Teu reflexo risonho,

Chamando-me em silêncio.

Toco o vidro, sinto o coração,

E caio contigo, sem direção.

Neste mundo sem nome,

Onde não há qualquer pronome,

Encontro o encanto infinito,

E eu, perdida, fico em rito.

Os sonhos custam mil promessas,

Tuas palavras são imensas.

Através do espelho, vejo amor,

Tua alma em pleno clamor.

Leva-me ao longe, ao sem fim.

Neste mundo sem nome,

Onde não há qualquer pronome,

Teu sorriso toca meu peito,

Despertando o mais profundo efeito.

Felipe M do Carmo e Anastásia
Enviado por Felipe M do Carmo em 26/09/2024
Código do texto: T8160481
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