O eco da vida

É preciso viver

com a pressa dos ventos,

no compasso do tempo

que não se pode conter.

É preciso sentir

o peso da aurora,

o toque da noite,

os sonhos que não se escolhem ter.

É preciso viver

os dias que queimam,

os amores que doem,

os risos que se podem perder.

Pois só assim,

quando a morte vier,

não será o fim que se teme,

mas o fim que se acolhe.

E na curva do último passo,

há de se encontrar

não a ausência do que foi,

mas o eco do que se ousou ser.

É preciso viver,

com a alma aberta,

pra que se possa morrer

com a certeza certa.

Tronte
Enviado por Tronte em 22/09/2024
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