ALIMENTO DA BACTÉRIA

Mais poeira do chão, mais amor que paixão

Mais vida intensa e breve que sonhos eternos

Nossa alma é quem veste poesia, ira e ilusão

Despidos da mentira, essa opaca roupagem

desnudado da ardente e decadente matéria

Habitamos o deserto e vemos só miragem

Mesmo sabendo-se alimento da bactéria

Ignoramos que estamos somente de passagem

E que essa massa tornar-se-á volátil, etérea.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 01/09/2024
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