O MEU LUGAR
Há uma poética lua cheia,
Conchinhas sobre a areia,
O sussurro do vento.
Há um mar espelhado,
Um barco distanciado,
O ondulado movimento.
Há um farol solitário,
Parece mais um santuário,
Solidário ao náufrago momento.
Há a sereia, o canto de amor,
O seduzido pescador,
O sensório comportamento.
Há histórias, estórias,
Aguas sem divisórias,
Memórias, ensinamentos.
Há um notívago mistério,
O meu espírito sidéreo,
Transbordando portento.
Há uma vontade sonante,
Ser um errante navegante,
Vida afora... mar adentro...
Mas, conheço o meu lugar,
Ele é de contemplar,
Expressar os sentimentos.
É o que faço no traço do tempo,
Sonho... exulto, comtemplo.
Há no meu olhar, contentamento.