A ampulheta das areias negras virou!
A gadanha em seu vermelho
E o negro da sua completude
Fez nesta noite
Surgir a flor lúgubre
Da sedução que o vinho roxo
Derramou em sua taça
Flutuou seu véu
Exortando sua paz absurda
A ampulheta das areias negras virou!
Nuvens escuras surgiram
Incertezas pairava no ar
Nada foi e será como antes
O tempo contra o relógio
O relógio contra o homem
O silêncio foi rompido pelo grito
Ao fundo apenas um lume!
A que se caminhar
Sem saber por onde pisar
Sem confiança
Não se atravessa
Consegue se entregar?