Que a morte seja breve.
Que a vida seja breve.
Na brevidade de tudo e todos.
Na efemeridade infinita.
Segundos zombam de minutos.
Minutos zombam de horas.
Horas de anos.
E, anos dos séculos.
O tempo é uma métrica.
Apenas números que extinguem
vestígios de existências.
As essências são atemporais.
Não conhecem pêndulos.
Nem ampulheta.
O relógio serve para distrair e contar.
E os números zombam da eternidade.
E, tudo na máxima zombaria
inscreve na lápide um nome.
Uma data.
E alguma frase em latim:
Requiescat in pace
Descanse em paz.