Avessia
O que adoro em ti
não é a tua presença,
mas o ritual da saudade.
O que adoro em ti não é o som dos teus hiatos,
mas o esplendoroso silêncio.
O que adoro em ti não é a justa medida,
porém a volúpia mascarada.
O que adoro em ti não vem do senso comum,
e sim de toda a excentricidade.
O que adoro em ti é tudo
(e exatamente aquilo)
que tu já odeias em mim.