Poema do amor sem fim
Foi ontem!
Não?!
Mesmo!?
Faz assim..., tanto tempo?!
Te vejo no meu lembrar,
sempre! ..., tanto...,
que refreia os ponteiros dos relógios;
que supera esta série ininterrupta
e eterna de instantes.
Tem razão.
Nem mesmo sei quando foi.
Foi bom, será sempre, seja quando for...,
não importa!
Nada importa!
Que janeiros passem...,
corram as engrenagens dos relógios,
escorram as areias nas ampulhetas...,
e mesmo mudem, as pedras de lugar.
Isso pouco importa!
O amor de amigos não se mede com os ponteiros do tempo.
O amor de amigos é eterno, é constante...,
inabalável, imutável, invariável! ...
Inflexível!
Reverso a tudo que não é afeição,
inclinação, apego, afeto, benignidade...,
e outros tantos inexoráveis apreços.
Não tem máculas onde parecem nódoas!
Não tem peçonha onde precisa pugna!
Não tem...
Não tem...
Amor de amigo
não carece de palavras
para a necessária compressão.
Os dizeres entre amigos são tão doces
que xingamentos são alentos!
Arvora-se ao perene!
Permeia o infindável!
Pleiteia a eternidade.
Amor de amigo
é jura de amor eterna
tanto quanto eterna é o viver.
Amor de amigo
é um poema de amor sem fim!