ANÔMALO

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De tanta intensa sede as bocas secam

À volta o mar que torna a alma louca

Tal água no deserto - dessedento

Árido pensamento

E o vôo a alma tenta (e plana)

Ignorando o abismo sonha - e leve voa

Há um mar que afoga o sonho insidioso

No despertar tardio dos aflitos

O desespero espouca e ruge um grito

Vertigem - pesadelo

Delírio surreal fantasioso

O último suspiro foi selvagem

Insano zelo

Dum nauta - degredado - sorrupio

Belicoso e esquisito

Paisagens que passaram - degelaram num instante

Olhares desprezaram - se esfriaram num instante

Momentos que lembrados brotam - extravio

Ponteiros de relógio - tempo fixo

Devaneios - deboche

Poema sem ser luz e nem ter sorte

De certa forma esguio

Jogar palavras fora como um lixo

É um prazer - provoca um arrepio

Mas se comporte...

0706241523

"A mente e o fetiche de poemar...

A tentativa de parar de escrever alimenta o vício em continuar a escrever."

FIM - PAUSA

TALVEZ HOJE

AMANHÃ DESERDO

DESERTO E AS PALAVRAS BROTAM

COMO NUM POEMA INCERTO

E NASCEM AS ASAS...

PLUMA QUENTE E CAUDALOSA

NÃO ACERTO...

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 07/06/2024
Reeditado em 24/06/2024
Código do texto: T8080927
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