ÉS...

És a subsunção que se amolda ao concreto

Concretude de um querer tão abstrato

És a minha certeza de um caminho reto

És a fluidez de um sentimento inato

A saudade tão estranha e tão imersa

Traz em essência a forma do teu rosto

E assim tua referência se dispersa

Como uma melancólica tarde de agosto

Fostes flores sazonais em meu dezembro

Primavera tão fugaz e sem devir

Talvez uma canção que sozinho relembro

Talvez na praia um delicado souvenir

Mas invade com a força das tormentas

Fica martelando sem aparente razão

Feito ponte sobre águas turbulentas

Vai aos poucos bagunçando o coração

POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 20/05/2024
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