Roda Vida

Fazendo a roda girar,

um apinhado de almas “vestidas de gente”,

de jeito exótico e extravagante.

Busquei o meu lugar

e tive dificuldade de achar.

Era eu e só eu!

Um desafio!

Não sabia eu onde pôr meus cacos!

Não sabia eu que era só eu!

Outros vinha..., passavam..., e era só vultos!

Só e somente só, eles!

E eu não sabia onde cabiam minhas dores.

Muito menos onde depositar as lágrimas

que me caíam pela face e me deixavam atacável.

Era só desconfiança minha?!,

ou estava eu exposto?,

expresso?,

aparente?,

escancarado?,

ostensivo?,

aberto? ...,

alma de pouco conhecer,

manifesta e desamparada...,

quase indefensa a todas as procelas...

Eu!

Manifestamente, eu!

 

Mas não olhes para mim, assim! ...

Tenho a alma despida de toda nudez!

*****

Poema publicado no livro "Quixotesco" - Hélio Bacelar amazon.com