Távola Redonda
Cavalgando por Camelot,
buscando um sentido histórico,
girando Excalibur nas mãos,
tentando encontrar a paz,
em tantas guerras sem razão,
perdido em lugares distantes,
entre tempestades com trovões,
procurando um raiar de sol,
um horizonte que seja diferente,
cansado da Távola Redonda,
querendo fugir para Avalon,
descansar entre as brumas...
Idade Média nos códices,
transcrevendo documentos,
medo de me envenenar,
na luta por poder da Coroa,
nas bruxarias de Morgana,
dos caldeirões ao labirinto,
no final o que somos mesmo?
Filhos do passado sem futuro,
Herdeiros do futuro sem passado,
correndo das pestes e fogueiras,
pintando um quadro da planície,
tentando entender esse destino...
Nos falam em fé e Deus,
em pecados e punições,
sem lógica ou amor em ações,
só contendas e disputas,
só egoísmos e ambições,
Idade das Trevas disseram,
só quero uma máquina do tempo,
viajar para bem longe daqui,
para ouvir minhas fitas K-7,
os vinis dos anos 80' e 90',
deixar o reino no esquecimento,
ser alguém normal com All Star,
pulando paralelepípedos na rua...