AS VAGAS
Maré morta
Sopra as ondas do que foram
Os pés descalços na areia
Espalham poeiras
A desolação toma conta
Sangue flui irrompendo aorta
Coragem de ser o que és
Na tempestade que assola
O mar é apenas uma melodia de canção depauperada
E a solidão que apavora
Tolice
Ressonância num limbo me extorna
Todavia num absurdo
A enfática pretensão
Da palavra que sobressai entre os espaços de um sim e um não
Estar contido
Sem se conter
Estar em silêncio
E muito dizer
Barulho de ondas
E as vagas que assolam
0904241937