DESPERTAR

DESPERTAR

Procuro nas trevas, na escuridão, na infinitude de meus pensamentos.

Clamo entre mil decepções, fadigas, tristezas, tormentos.

Preciso encontrar-te, em cada chama que se acende

Nas almas, nos olhos, nos gestos, em tudo o que se aprende.

Na cadência dos passos solitários de um ser desolado

O refrão é um grito desesperado, alucinado, de tudo cansado.

Tantas mentiras sem sentido, promessas descumpridas

Ousando denominar-se religião, fria fingida concepção de vida.

Nada mais me fará seguir novamente por este caminho.

Acordei em tempo, libertei-me dessas intensas correntes

Que unem para manter em ilusória prisão

Os que se apegam e esperam sem retribuição.

Sentirei os reflexos da vida errônea e desorientada.

Tantas decepções, verdades nunca reveladas

Pisarei em todas e então amassadas

Serão apenas sombras em minha vida agora iluminada.