Corpos
Não me segure mais
Não me iluda
Uma fagulha incendeia
todo o corpo que te dei
e que o vento frio das suas palavras apagaram
As lembranças
tudo viram cinzas
e chove dentro de mim
tornando-se saudade
Cada gota me alaga
Minha seiva me condena
tão explicita quanto o aroma
de rosas
em seu corpo
O pólem é levado com o vento
Para que te traga ao meu caminho
retorne
em cada canto do meu corpo
tem sua digital
me envolvendo
me seduzindo firmemente
te desejo
Memória traidora,
Me faz prisioneira de tantos sentimentos
há tanta vontade em minha pele
em querer seus sussurros
seus estímulos
as minhas danças apocalípticas da luxuria
nos meus lençóis
meus gritos ecoam em labirintos mentais
de cada espaço da minha casa
que pude desejar sentir você
Não existe um cômodo sem teu nome
Não existe um centímetro do meu corpo
que não queira teu toque
Escravidão Submissão
que ainda espera seus arrepios.
Até me condenar a sentença final
nós
a união da carne e da alma
Não me segure mais
Não me iluda
Me possua
Me torne sua