RITUAL
No ritual de me desvelar
começo por rabiscar,
ao sabor dos devaneios,
versos que me vêm
do aqui ou do além...
não sei!
E desde a primeira linha
a rima que se adivinha
e o tema que surge por encanto
não me deixam perder o tênue fio
que compõe esta trama!
Então este poeta declama
a própria alma traduzida
em paisagens interiores escolhidas
ao calor da emoção!
Assim componho minhas poesias
quais interessantes fotografias
que escapam à compreensão
e que por mais sutis ou fugazes
ainda assim são capazes
de revelar-me com exatidão!