À procura de um caminho.
Diga-me qual é o caminho;
Diga-me, pois vejo uma série de estradas desconexas que não me levam a lugar algum;
Há um emaranhado à minha frente, não sei que rumo tomar;
Diga-me para onde ir, posto que perdido estou, sem destino, vaga minha alma nestas encruzilhadas que me trazem de volta a cada passo.
Qual o meu destino? O que me diz que me possa encaminhar ou me trazer de volta aos trilhos?
Trilhos? Quando foi que me perdi? Onde me introduzi na escuridão das trevas que me encontro?
Resta-me um grito que rasga os altos montes solares aclarados, resta-me apenas um grito que a garganta amarga anseia.
Não, não me resta, o que me resta? Diga-me;
Qual é o caminho? Que caminho? Por onde andar, andei pelos anos na tentativa de me encontrar, nunca me achei.
Qual das saídas deste emaranhado de estradas ei de seguir para encontra o tal destino?
Destino? Eu os tenho?
Que servidão infindável a este dissabor de em nada sentir o gosto? E que sentido, se nada parece fazer sentido?
Há.... que angustia é esta que fez tal alma perder os rumos e dos rumores ser tão servil? Alma que tão calada no seu sofrer se deu ao luxo de enlouquecer, alma que se perdeu e, de tão perdida se introduziu no obscuro.
Acho que o caminho do enlouquecer não tem retorno, perdida? Enlouquecida? Ó alma retorna-te a teu caminho, há tempo!
Diga-me qual é o caminho , que tempo?
Eu vejo um emaranhado à minha frente.
Ô Moço a vida termina aqui? Responda a esta alma que sequer sabe para onde ir.
Qual é o caminho?