HABITO - HÁBITO
Habita em mim o grito destas horas nulas
A erupção da lava a inflar de leve o vácuo
Multiverso nascendo após o epitáfio
Na alma descoberta
Máscara e suplício encobre a face nua
Habita em mim o vértice de histórias
Qualquer boato escoa ao sabor das horas
Vida divergida em vãos inconsequentes
A força da maré
Barco que em mim flutua
Ao sabor da solidão que anseio
Indiferente...
Queria ser casa
Mas só ouço o próprio eco desses cômodos vazios
Queria ser morada
Mas a neve cai do céu trazendo branco ao frio
Hábito o vazio de mim mesmo
O corpo de palavras trás um arrepio
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