A musa
Pela morte é que se faz
O melhor a nosso alcance,
Aproveita-se a chance
Da sentença contumaz.
Ela é musa que inspira
A um sonho, um ideal,
Nesta meta principal,
Eis que o bardo tange a lira.
Cumpre o homem o seu dever
De trazer o céu à terra,
No seu peito o ato encerra
Todo o amor a uma mulher.
Antes foi inanidade
Sem qualquer preocupação,
Fez a musa a construção
Do que há: feliz cidade.
Dá sentido e qualidade
A existência de quem tem,
E que a ama como um bem
A sabor de eternidade.
É o marco, a divisória
Que regula os movimentos,
Para cá, breve momento,
Para lá, triunfo e glória.