A musa

Pela morte é que se faz

O melhor a nosso alcance,

Aproveita-se a chance

Da sentença contumaz.

Ela é musa que inspira

A um sonho, um ideal,

Nesta meta principal,

Eis que o bardo tange a lira.

Cumpre o homem o seu dever

De trazer o céu à terra,

No seu peito o ato encerra

Todo o amor a uma mulher.

Antes foi inanidade

Sem qualquer preocupação,

Fez a musa a construção

Do que há: feliz cidade.

Dá sentido e qualidade

A existência de quem tem,

E que a ama como um bem

A sabor de eternidade.

É o marco, a divisória

Que regula os movimentos,

Para cá, breve momento,

Para lá, triunfo e glória.

Seraphim
Enviado por Seraphim em 11/03/2024
Código do texto: T8017312
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