O ROSTO DO MORRO DA CACHOEIRA DE CAULE É MONSTRO

A rocha amontoada, desbocada

Foi roxo depois do verde desmoronando

Lodo dos nichos mofados

Encrostado nos cascos raízes

Borrões de timidez

Reflexos de vibratos em tons sensíveis a ouvidoria

Fixado na terra da serra inclinado faz reserva andar

Tudo vivo!

Geologia que segreda erosão em suas cabeceiras

Montanha ergue o verbo no choro orvalhado

Inundado sereno na selva inquieta

Pedras que caminham

Obra de Deus, cativeiro necessário

A montanha se move a quem tem fé

Animais diversos protegidos de pé

Prática de uma real linguagem

Sangue corta, mas não lava

Luz aflora um lado num horário

Luz se mostra selva em outro, do outro lado...

Cevada andança dos seus ensejos

Gregos e romanos nos ramos de um Egito antigo

Grutas curtas de aberturas longas

Escorregão é velocidade

Jamais ficou no mesmo lugar

Esperando o próximo abalo do firmamento

Ele disse, Ele cumpre, Ele vai voltar.