RETRATO DA COSMICIDADE
Num toque de mundo onde a leveza nos leva
A fazer mais outras percepções de nós
É a parte do contato inexato que entrega
Os trejeitos do corpo de quando estamos sós
Paraíso é querer que o vento nos traga
De volta ao eixo onde nos perdemos
São os rumos dentro de nossas sagas
Sentimentos pertinentes os que dizemos
Os goles d'água de oceanos lacrimais
Reforçam o esforço dos lábios rasgados
Sugerindo o nascer de garras animais
Fronte ao desejo pleno dos olhares trocados
Feitiço aquele tempo cheio de neblina
Miraculoso o poder nefasto dos dedos
Escrevendo poesias soltas na surdina
Afim de desfazer todos os seus medos.