Espírito e corpo
Saí do meu corpo, voei em espírito,
viajando nos sons da música das esferas.
Procurando sentir e reviver todos encantos,
que existem em tudo que sempre se espera.
Fui seguindo altos vôos só bailando
como folha solta, levada pelo vento.
Com destino marcado, no entanto,
senhor e sabedor do meu próprio tempo.
Meu corpo jaz parado como morto,
ficara aquém nas brumas da noite traiçoeira.
O espírito, no entanto, livre voa e sem lamento,
nada o segura e o retém um só momento.
Passado o tempo há muito desejado,
fui seguindo procurando o meu querer.
E o corpo lá parado, como morto,
apenas espera o meu retorno pra aprender.
A evolução que se processa não tem pressa,
pois tudo ao seu tempo, se completa.
Para quem sabe o seu destino almejado,
nada se perde, tudo é aproveitado.
04/10/02