SAPATOS
Para a Banda Creed
Descalços somos melhores
No asfalto que gela o coração
Temos a visão
De três pássaros noturnos
Que não têm mais resumos
Nem precipícios
Do grande final
“A palavra sarjeta
No fim do poema”
Voo pelos ombros e desafio o trânsito
Da órbita
Sacudo o mundo no seu psicótico
Marcar das horas
Pés no chão prata para tanta esmola
Me dê do teu luar para eu viver
Me dê de tua glória para eu respirar
Tráfego de transeuntes
Pessoas dormentes e orgulhosas
Em quanto aos seus costumes: pisantes
E eu, com o que escolhi da memória
Leonardo Daniel
13/05/2015