POEMA À MEIA NOITE
Poema a meia noite
Implacavelmente passa o tempo.
Cada dia é um dia a menos.
A cada manhā nasce outro dia
Que ao fim do dia não mais existirá.
Somos um livro velho
De páginas amareladas pelo tempo,
Esquecido em qualquer canto
Que logo virará pó.
Somos flores de um jarro
Que à medida que finda os dias
Murcham e perdem as pétalas.
Somos matérias de vida limitada
Com uma missão a cumprir
E retorno inevitável.
Que adianta ouro e prata?
Que adianta amealhar fortunas?
Mais vale uma consciência limpa
E a pureza d'alma e do coração.