Fogo

Rogai por mim ó Mãe, que eu seja lenha

Bem seca, posta em cruz, mas sem lamento

Qualquer fagulha breve -está é a senha-

Encontre o combustível de um incêndio

Serei, como vós fostes- sois ainda-,

Esposa de um amor que nunca é frio

Se a vela pelo fogo se sublima

Rogai por mim a fé toda pavio

E após este holocausto, que nem sobre

Carvão, depois que acaba o oxigênio,

Ou cera, e eu dê a Carne ao que lhe é nobre

-Morrer- para que a Vida seja um prêmio

David Ariru
Enviado por David Ariru em 19/11/2023
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