Fogo
Rogai por mim ó Mãe, que eu seja lenha
Bem seca, posta em cruz, mas sem lamento
Qualquer fagulha breve -está é a senha-
Encontre o combustível de um incêndio
Serei, como vós fostes- sois ainda-,
Esposa de um amor que nunca é frio
Se a vela pelo fogo se sublima
Rogai por mim a fé toda pavio
E após este holocausto, que nem sobre
Carvão, depois que acaba o oxigênio,
Ou cera, e eu dê a Carne ao que lhe é nobre
-Morrer- para que a Vida seja um prêmio