Leveza do Ser

Véus se rompem...
Gélidas noites descortinadas
Pelas sombras de um viver errante
Perdido, sem sentido
 
Estou só? Não!
Vozes distantes... Cortantes
Ecos de minha consciência
Revelam-se algozes de mim mesma
 
Estou só? Não!
Ausente... Inconsciente
Lacunas abertas em átimos marcados,

Vazados nas arestas do tempo
 
Tempo... Que tempo?
Ah! Aurora... Dissolvo as sombras
Apago o tempo em tempo
Recomeço agora viver 
A leveza do Ser!