O louco Macbeth

Macbeth, Macbeth

quanta ânsia por poder

Macbeth

quanta loucura materialista

meu amigo.

Que pensavas

quando afrontaste os deuses?

Que imaginavas

quando deturpaste o oráculo

sagrado do destino?

Macbeth, Macbeth

tinhas tudo aos teus pés

e puseste tudo no fosso

transformaste tudo em nada

alquimista tolo

do cetro de mentira.

Olha, vê mero rei falso

todo sangue que jorraste

em teus desejos negros

pela tua carne maculada de fel.

Retornarás –

tenha certeza disto

como súdito de nobres

esnobes ao teu sofrimento

e pagarás com humilhações

as tuas afrontas às leis universais.

Pede perdão, Macbeth

pede perdão vilão felino

de alma vazada, de rosto

ferido, de mãos decepadas

pelos teus apodrecidos crimes

contra o Espírito, o bem, o amor.*

@alex.teixeira73poeta

*poema do livro COMIGO E A GURIA - poesia (Amazon), editora Metamorfose.