O CÂNTICO NO OBOÉ DE SAFIRA
Deslumbrante Horizonte e descortinar
dentre o eco que veio do silêncio
profundo na guerra entre o céu e a terra
passado solitário de um breve instante
adormecido lançado em lágrimas de um
coração ferido em superação em novo
erguer de vida.
Foi corpo ferido alma reencontrada
vazio que ficou para trás sem lembranças
sem saudades desapego de um forte e
doce olhar de menina mulher em corpo
de guerreira filha do sol e rainha das suas
escolhas indescritível.
Com olhos de tigre e passos de brava leoa
em território desconhecido nos passos
suaves como a neblina que caí na madrugada
da primavera que vem e vai deixando aquele
frescor de um breve sonho que -se tem na
infância na bailar da roda e cânticos de
ciranda.
E olhos que aprisiona segredos e boca
que preserva o silêncio como bela mulher
de postura admirável e postura louvável
no seu delicado sentar e levantar e até
mesmo a doce colocação das breves
palavras ditas em momentos apropriados.
Assim deixo que meus dedos entre os
espinhos desta rosa ainda com perfume desconhecido e obscurecido pela sua
proteção natural de ser iluminado canto
como -se toca ao som de oboé de safira
essa canção que chamo de poema inspirado
em teus lindos olhos de menina princesa
que sabe sorrir.