TRAVESSIA
Embevecido, enluarado!
Abro a janela do sentimentos
E descortino as rendas da ilusão
No ocaso do meu viver.
Plácida e galante noite,
Rebuscada de estrelas!
A brisa fresca nos vitrais,
Enche-me a alma de quimeras!
Tudo é fosforescência!
Milhares de galáxias suspensas,
A lua como um corcel prateado,
Cintilante e arrebatadora!
Uma deusa morena de cabelos longos ,
Toma-me nos braços docemente...
E sussurra aos meus ouvidos:
vem... poeta, morra como sempre viveu...