A Dança da Morte
Na vastidão da vida, o mistério se insinua,
A morte, sombra fria, sempre à espreita, nua.
É o fim inevitável, destino a todos traçado,
No palco da existência, o ato final ensaiado.
Nos questionamos, seres efêmeros, por quê?
A morte, rude intrusa, que não poupa nem um só de nós.
É o último suspiro, o fim do nosso ser,
Na dança com o tempo, é o passo derradeiro que nos deixa sós.
Nas noites escuras, nossos pensamentos vagueiam,
Perguntas sem resposta, incertezas que nos rodeiam.
O que será de nós após a última despedida?
Seremos sombras, memórias, ou a eternidade da vida?
Às vezes, a morte nos parece cruel, injusta,
Roubando sonhos, amores, com sua foice áspera.
Mas talvez seja o portal, o início de outro lugar,
Ou apenas o vazio, o nada a nos esperar.
No entanto, no âmago dessa incerteza profunda,
Encontramos razão para viver, para amar, para sermos fecundos.
Pois na finitude da vida, o valor dela reluz,
E é na brevidade do tempo que encontramos nossa luz.
Aceitar a morte, mistério inescapável, é nossa busca,
Refletir sobre a vida, seus desafios, sua luta.
Na dança entre vida e morte, encontramos nosso caminho,
E enfrentamos o destino com coragem, mesmo sozinhos.
Assim, existimos entre sombras e luz,
Numa jornada que a todos conduz.
A morte nos recorda da nossa humanidade,
Mas é na vida que encontramos nossa verdadeira identidade.