Ctônica
No útero da terra
Em suas veias
Corre o sangue da vida
Preto do revivido,
Verde da seiva original,
Vermelho da celebração,
A vivencia da transmutação
Do ser integral
No chão
Está a revolução da poderosa
Que manipula e
Projeta o condão do nutrir
Neste chão
Se dança
Comemora
Coabita
Respira
Religa
Resgata
A fragrância que poucos conseguem
Incorporar
Somente quem entrega
Sua vida intrínseca pode
Ser agraciado
Com seu domínio eterno
Chão que nossa ancestral reina
Não há clamor e condescendência
Há justiça
Há somente um som
A voz do verdadeiro
Tombando nossas máscaras
Esquartejadas e expostas
Nossos ossos mostrando a realidade
O que somos e/ou do que somos
O chão realizável
Do pisar
Do deitar
Do oficio
Aonde surgem e ressurgem
Domínios inimagináveis.