PARAÍSO

O meu coração almeja

O sonho da alvorada eterna

Como esperamos a chegada

Da chuva para irrigar a secura da terra

Ou dos raios de sol no horizonte

A inspirar um brilho de esperança

Refletindo a imagem do infinito.

 

Num mundo de grandezas finitas;

Num aion de grandes muros,

Eu só quero alcançar a compreensão da verdade,

A verdade que enobrece o meu ser

E me aproxima do sentido de um abraço:

Uma misericórdia que abre caminhos

Tal como afluentes tranquilos

Que acessam a fonte de águas vivas.

 

O paraíso começa sempre

No espaço invisível de cada um de nós,

Indo até no mais secreto de nossa morada interior...

E esse reino da luz se manifesta

Tal como a estrela do amanhecer,

Seja nos louvores e nas preces sinceras

Que emergem de nossa boca,

Seja em nossa conduta com o nosso semelhante

A criar laços perenes

De amizade e benevolência.

 

É o resplendor de uma alma acolhedora

Que consegue tão bem acalentar e aproximar,

Num esforço gratificante e corajoso

Para criar pontes de união e solidariedade,

Em vez dos abismos das contendas.

 

É então que o meu espírito,

Entre gemidos inexprimíveis,

Só almeja refletir a glória de Deus

E jamais a vã glória desse mundo.

 

Com o cântico de fé nos meus lábios

Eu já posso contemplar

O paraiso do sublimal amor

A transcender as prisões erguidas de nossa era

E a descortinar a formosura da graça divina:

A imagem e semelhança no foro interior do homem

Que aprendeu o significado

Do que realmente é nascer de novo.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 31/08/2023
Reeditado em 12/09/2023
Código do texto: T7875045
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