SALINAS

O sol e a lua, postos no universo, Banham o seu campo de deserto, Pra darem-lhe uma centelha de verso Que ilumina o seu peito aberto...

Enquanto tenta adoçar a sua boca acre Com o sal enriquecido dessas salinas E arrebenta a cordoalha e o lacre... Que anuviam as suas pobres retinas.

Nos seus dias, com todas as luas Montadas nos cavalos selvagens, Pra pratearem essas ermas ruas.

Nas suas noites, com todos os sóis Mais próximos das belas paragens, Pra acenderem as lâmpadas e os faróis...