MEDO DE OLHAR

Olhar seus olhos...

Observá-lo mais de perto,

a partir da sua alma.

Sentí-la!

Olhar a sua beleza.

Não negaste esse 'Desejo'.

Fui eu quem o fiz!

Tentei, mas não consegui!

E como eu tentei!

Desespero!

É difícil manter as aparências fragmentadas e organizadas,

feitas neste mundo sem sentido.

Pedaços socialmente construídos,

formalizam os gestos e o discurso de um corpo movido à razão.

Convenção social!

Palavras ao vento!

O meu inconsciente – movido pelo mais puro e genuíno 'Desejo' – tentou expandir-se para o infinito horizonte...

Ser simplesmente EU!

Por quê não o fiz?

Medo?

Do novo?

De viver?

De sentir?

De cheirar?

De acalentar?

De fazer promessas inconsequentes?

Já não sei!

Fujo para bem longe...

Neste espaço de razão, sentirei-me segura!

Nele, poderei viver com os meus devaneios cotidianos...

Ser EU neste mundo imaginário de 'Desejos' e 'Lamentações'.

Sem me responsabilizar pelas eternas consequências...

Sentirei-me 'Bem' – temporariamente – neste mundo desabitado de qualquer sentimento.

E, quizás libre como soy!

Será?

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 13/07/2023
Reeditado em 02/08/2023
Código do texto: T7836057
Classificação de conteúdo: seguro