EU DIRIA





Eu diria
que pelos campos
tremem minhas mãos
ao colher as angústias
desse meu coração.

Mas eu diria
que bebo dessa água
sagrada
porque ainda conservo a alma
transparente
e um sorriso remanescente
de infância preservada.


Eu diria
que sou leal às minhas  estrelas
às  sombras dos anjos
desveladas
quando a noite me surpreende
assim, meio  desamparada.

Talvez minhas falas
tenham séculos
de regressos
ao que a Deus sempre peço
em amor, paz e compreensão.

Mas eu prosseguirei na lida
enquanto em mim
não houver sono e sim vida,
pois o brilho dos meus olhos
é meu escudo, meu bordão.

E nessa tua  canção eu me firmo
como se tu te fizesses um sino
pra  sagradamente
acordar  meu coração.
 



Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 18/12/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T782710
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