Éon
"Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus escute, amigo
Se foi pra desfazer, por que é que fez?"
Não deixa de ter uma razão
Esse argumento do poeta
Que em fervorosa exaltação
Descreve a perda que lhe afeta.
Não só a ele, a qualquer um
(A deuses gregos diferente)
A nossa sina igual comum
A de não ser futuramente…
É muita mágoa, amigo irmão
Despeito de quem sabe e pensa
Ser de 1 segundo a duração
Para viver, oh! fome imensa.
São certos risco e previsões
Impor ao homem a horizontal
Enquanto a cifra de milhões
Lê-se no ensino universal
Da Biologia séria e precisa
Nos faz amantes a conhecer
Que a evolução contabiliza
Milhões sem fim a que haja um ser…
Em meio a tal contradição
A alternativa qual lhe resta
Senão viver e com paixão
Breve segundo dessa festa?
Ou… proceder em Faraó
No próprio túmulo deixar
Um livro um anel um paletó
Crente que breve há de voltar…