preso nas agruras do tempo

Nem mesmo o infame tormento,

Consegue dissipar,

O intrépido e imponderável tempo.

Ele joga um jogo sujo,

Impõe suas regras rígidas como pedra,

E triunfa a cada aurora que se anuncia.

O tempo tem seus meandros intrínsecos,

Particularidades atônitas,

E detalhes que escapam à razão.

Sim, é insopitável que ele passa,

Esvai-se como à água corredeira,

Não espera nem a sombra altaneira.

Ele nos prende junto às suas garras ferozes,

Perdemo-nos em seus labirintos ignominiosos,

Sem saída resta ficar cerceado na sua atmosfera.

O tempo é algo que foge à materialidade vã,

Faz morada na pura abstração dimensional,

Algo que, sabe-se dizer; mas não se sabe explicar.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 06/05/2023
Código do texto: T7781717
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