POSSUO-TE, POESIA
Seus textos deixam-me sem chão...
Vejo-me de joelhos implorando mais...
O desejo, me assume, fico louco de tesão...
E sinto a volúpia dos versos, tragar-me inteiro...
Sugando-me tudo, até a última gota,
de tinta do tinteiro...
Na pena que escreve minha fantasia,
uma excitante imaginação...
Chega o momento esperado, e vem a agonia...
Volátil como álcool, evaporo aromas de vinho,
contraio todos os membros do corpo,
tarde demais...Meu Deus, foi divino...
Mas ela era apenas,
a dona do Poema...
Que pena...
Mas não foi desperdício,
esvaziar minha pena,
ao valer-me deste vício...
De entregar-me em sinestesia,
às insinuantes tentações,
das metáforas e rimas da poesia...
Bené Bené