EXTASESTÁTICO

Brilham esferas de vidro

O abstrato e o muro

Forjam explosões e estrelas

Uma rachadura progride dividindo as ideias

Entre a insensatez e o furo

E a fúria de ideias cresceu enchendo a vertigem e o mundo

Aquilo que não era pronunciado

Mas se ouviu um grito em meio aos sussurros

Aquilo que era verdadeiro dissimulava perfídia

Entre o espaço de absurdos

O que fugiu da cabeça dos pensadores

Ficou mesclado em outros rumos e estradas

Um estranho e irreal pensamento orbita a atmosfera do cérebro

Ninguém há de pousar nesse inóspito meteoro

Nem ali encontrar degredo

Agora há uma infinidade de destinos na encruzilhada das escolhas

Será dificuldade, se no ápice da maturidade, eu escolher ser um menino?

Creio na passional loucura de viver

Tanto em ser levado pelas correntezas da vida

Como de queda em queda levantar-se sem cair de novo

Agora há a dualidade das meias verdades que se omitem

Argumento enfático dos iracundos lacaios da mentira

E por assim dizer o convencimento se esvaiu em fraqueza

Deixam-se o restolho e a palha se transformarem em vapor pelo olhar das labaredas

Despedem-se do concreto escuro dos mortais

E se vão através dos portais

As idéias que depois retornam

A retro-canal epopéia

De proporções infinitesimais

Que depois de plantada germina no jardim da alma

Daninha e miraculosa (sincronicamente)

A ideia infinita que se esvai

Da mão caligráfica pra nuvem branca de papel

Manchada de sangue tinto azul

Hoje acordei de palavras nauseado

Só me resta agora expulsá-las

Pra depois tornar a sorvê-las

No escrever transe-hipno-extasiado

Liripoeto-versicoxclamado

3103231811

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 01/04/2023
Código do texto: T7753618
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