Rios
Rios
Um voz no rio
Encantamento das águas
Do violino, notas sombrias
Enebriado, apenas me entrego e
Me torno um com o desconhecido
A fim de me conhecer nos reflexos
Sigo a correnteza
E mergulho num tempo incontável
Lá eu encontro a manifestação
Do que a natureza nasceu para ser
Com a palavra que fez todas as coisas
Para além dos limites da mente humana
Ressurgindo das águas
Agora com a visão ilimitada
Livre de toda prisão em que vivemos
Vejo mistérios nas sombras, na luz
E as ondas me conduzem adiante
E assim, seguindo com as marés da vida
Victor Cunha