RONDA 💠
Abro a porta do quarto e rodo a casa inteira
A iluminação está numa penumbra estranha
Como se os móveis
E tudo o mais
Fossem feitos de sombras e brilho quase apagado de estrelas
Até a luz que sai de mim é sombra
E tênuemente ilumina os espaços próximos a mim
Sou um astro obscuro em quase morte
Matéria foto dimensional de curto escopo
Cansado da escuridão volto ao meu quarto
E adentro no meu corpo obscuro, eclipsado, a dormir na cama
Volto a mim
Sem sair de mim
O eu estagnado contém a mim enclausurado
E só um corpo
E só o fim
Enquanto isso não acaba
Vivo aqui dentro de mim