SEM SENTIDO
Meus pensamentos ecoam,
Se perdem ao vento,
Não entendo o fanatismo
De descobrir os mistérios da vida,
De me entender como parte dela,
De me ver nela,
Definir minha origem nesta confusa insanidade,
Em um momento mera vida orgânica
Pulsante e viva,
Em outro, as respostas do mistério
Da alma e do divino,
De repente torno-me tudo,
Com sonhos e objetivos para alcançar
Mas depois meu reflexo reflete o nada,
No vazio do meu corpo
Não se encontra alma,
E passo a não compreender esta luta interior,
Deste conflito amargo incoerente,
Que reluta em todos os cantos do meu “Eu”
São tantas faces existentes no meu ser
Que se perde nesta confusa interface,
Entre o ser e o não ser,
Prosseguir ou regredir,
E nisto, vou me perdendo neste eco
Que repete várias vezes a mesma pergunta.
Quem sou eu?
E na busca pela resposta
Caminho clamando por uma verdade
que satisfaça o meu coração.
Que me diga que este conjunto de partículas
Pensante e real,
Não seja somente
Uma vida orgânica e sem sentido
A espera de um final.