Por que precisa fazer sentido?


do sol... que ainda sou
do mar... que em mim... marcou
a alma... calma... é feroz
atroz... destino bendito
maldito... sendo santo
pois enquanto... me encanto
com o canto da sereia
que na areia... no mar
feito de ar rarefeito... quase perfeito
feito fogo... que queima
que teima... arde... sem alarde
e conclama... tua chama
que derrama
por meu amor... que se inflama... ungido
tecido de luz... que conduz
num êxtase... num alarido
que reluz... teu brilho
embevecido
e então compartilho
como impávido andarilho
por veredas indistintas
nos arrebóis de nuvens tintas
alamedas... por onde destilo minha dor
meu amor... meu calor
que nunca se cala... não se abala
posto que fala... feito canção
sinfonia que exala
tocada por anjos... arcanjos celestiais
que em dramáticos arranjos
especiais
fazem das fibras... do coração
que no amor se compraz... se liquefaz
pura emoção
e no sangue... que corre nas veias
na contra-mão das artérias
como fluído de fogo
nas vias da antimatéria
como restos de um divino jogo
faz das vidas... aventuras
como delicadas teias... de sedas puras
faz das dores... suas curas
como saborosos licores
destilados de ternuras
faz nos corações... nossas farturas
pão da paixão... que alimenta
adocicados de canduras
e faz dos sonhos... nossas loucuras
que nossas vidas apimenta
nossos corações juramenta
lotando de amor... as nossas juras


8 de maio de 2007, 21h16
guerinis@uol.com.br