MULHER ÁGUA AMAR

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Águas se fazem de rio

Me faço de águas que rompem

Desastrosas

Leve, líquida, flui em seus desígnios

Meu caminho é profundo leito

Redescobrindo no tempo auroras

Fluída e perigosa

Se for preciso destruir barragens

Se for preciso apreciar da margem

Apenas

Rememorar as águas ao lembrá-las

E no toque, afeto

Reflexo, ondulações e vagas

E sendo mar me fingir de rio

Suas lendas ancoradas

E frio

Do frescor d'água

Precisa também ser um riso aberto

Claro e cristalino

Que não considera curvas

Mas que faz próprio o seu caminho

Na calma e rugir das águas

Ah... quem dera ser água livre

Chuva colorida de arco-íris

E meu canto-remanso ia ser imensidão de mesclar-se nas águas

E ser canto e eu mesma

Fluida, diluída, dissolvida

No amor que me avassala

E haverá todo encanto de ser mais água

E menos sede

Nem solidão que atrapalha

E eu seria toda água

Pra esvaziar-me - rio e mar

E preencher todo espaço

Inundar de amar

"Ó coração, me valha!"

E pulsa esse rio de há mar...

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Alana Linton
Enviado por Alana Linton em 16/01/2023
Reeditado em 17/01/2023
Código do texto: T7696903
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