APENAS 💠
"Joga as palavras no vento, as que caírem ao chão usa-as, as que voarem não te pertencem"
Sir Leonard Coblepot de Leemoy
- 1748-
Se escrevo
É pelo medo de ser pego
Um guardião de segredos
Que ignora o momento preso das palavras
E as liberta com as chaves incrustadas na alma
Se a alma é contínua
A poesia é rima incontida
Um animal que não aceita jaula
Nem gaiola ou armadilha
Pássaro que voa e se fundiria
Ao limiar descontínuo do tempo
É um espasmo
Um infinito findo
Visto
Um olhar bem atrevido
Quase integridade mas fingido
Amargo licor de absinto
Ao frescor da alma leve
Miríade de poesia
E o eclipse da estrela que apavora
Cadencia o universo em que vivemos
Nos sobra o lirismo
Liberdade que atropela o que é preciso
E um certo jeito de gostar
E buscar sentido naquilo que é indecifrável
Sólido e indevassável
Qual homem que busca respostas
Percorrendo enigmático labirinto
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