APENAS 💠

"Joga as palavras no vento, as que caírem ao chão usa-as, as que voarem não te pertencem"

Sir Leonard Coblepot de Leemoy

- 1748-

Se escrevo

É pelo medo de ser pego

Um guardião de segredos

Que ignora o momento preso das palavras

E as liberta com as chaves incrustadas na alma

Se a alma é contínua

A poesia é rima incontida

Um animal que não aceita jaula

Nem gaiola ou armadilha

Pássaro que voa e se fundiria

Ao limiar descontínuo do tempo

É um espasmo

Um infinito findo

Visto

Um olhar bem atrevido

Quase integridade mas fingido

Amargo licor de absinto

Ao frescor da alma leve

Miríade de poesia

E o eclipse da estrela que apavora

Cadencia o universo em que vivemos

Nos sobra o lirismo

Liberdade que atropela o que é preciso

E um certo jeito de gostar

E buscar sentido naquilo que é indecifrável

Sólido e indevassável

Qual homem que busca respostas

Percorrendo enigmático labirinto

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Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 15/01/2023
Reeditado em 27/09/2024
Código do texto: T7695600
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